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Ações da Operação Maria da Penha já resultaram na prisão de quase 90 suspeitos

Ofensiva integrada entre BM e PC visa a promover a proteção de mulheres vítimas de violência

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Ações da Operação Maria da Penha já resultaram na prisão de quase 90 suspeitos
Ações da Operação Maria da Penha já resultaram na prisão de quase 90 suspeitos
Por Secretaria da Segurança Pública - Texto: Lurdinha Matos

A Brigada Militar e a Polícia Civil apresentaram nesta quinta-feira (26/08) o primeiro balanço das atividades da Operação Maria da Penha. A ação nacional está sendo coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (Seopi/MJSP), com o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), e conta com a participação de todas unidades da Federação. No RS, a Brigada Militar e a Polícia Civil desenvolvem ações integradas para o combate à violência contra a mulher.

As atividades da Operação Maria da Penha - Defenda a Mulher iniciaram em 20 de agosto e serão desencadeadas até o dia 20 de setembro. A BM já empregou nestes dias, mais de 1,6 mil policiais militares em 300 viaturas. No período 45 prisões foram efetuadas pelas autoridades militares.

Números Operação Maria da Penha
Números Operação Maria da Penha

Com a participação de aproximadamente 400 delegados e agentes, a PC intensificou as atividades voltadas ao enfrentamento da violência doméstica contra a mulher, efetuando a instauração de mais de 500 inquéritos policiais e representações ao Poder Judiciário, que culminaram no deferimento de 82 mandados de busca e apreensão e 39 mandados de prisão preventiva. Essas ações  já resultaram em 42 suspeitos presos, 10 armas de fogo e 230 munições apreendidas.

Ao todo, aproximadamente 2 mil policiais civis e militares estiveram envolvidos nas ações, resultando na prisão de 87 suspeitos.

No RS, as ações foram integradas à programação do Agosto Lilás e estão sendo desenvolvidas por BM e PC em mais de 200 municípios do Estado.  Entre as ações desenvolvidas por ambas instituições, foram verificadas 290 denúncias encaminhadas pelo Disque 181. A PC registrou 600 boletins de ocorrências e encaminhou ao Judiciário cerca de 400 requerimentos de medidas protetivas de urgência, realizando mais de 300 atendimentos e acolhimentos no período, entre os quais retiradas de pertences em residências das vítimas e encaminhamento a local seguro. Foram realizados outros 500 atendimentos da BM para enfrentamento à violência contra a mulher e realizadas mais de 1,2 mil ações de policiamento ostensivo, como apoio a outros órgãos e encaminhamentos de prisões, por exemplo.

Ao longo do mês de setembro, serão realizadas outras atividades de conscientização da população para a prevenção à violência doméstica. Será reforçada a apuração de descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência, bem como as visitas da Patrulha Maria da Penha (PMPs).

A major Karine Brum, coordenadora das PMPs, enfatizou que as forças de segurança estão atentas aos indicadores de criminalidade e buscam constantemente combater a violência contra a mulher. “Os trabalhos das polícias são diuturnos, mas aproveitamos a campanha do Agosto Lilás e a Operação Maria da Penha para conscientizar a população para nos apoiar no combate a este crime”, disse a major.

A diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher do RS (DIPAM/DPGV), delegada Jeiselaure Rocha de Souza, enfatizou que a Polícia Civil mantém seu olhar atento para o acolhimento e atendimento humanizado às vítimas, mas sem perder o foco na repressão qualificada aos crimes de violência de gênero, enfatizando o aumento das operações policiais e a capacitação permanente dos policiais civis para o atendimento às mulheres em situação de violência. A delegada salientou a importância das campanhas de informação para ajudar as vítimas a romperem o silêncio e pedirem ajuda nos primeiros sinais de violência doméstica. Ela ainda ressaltou a importância de uma rede de apoio estruturada. "Após o registro de ocorrência, a vítima continua precisando de acolhimento e suporte para romper o ciclo de violência, sendo fundamental o fortalecimento de políticas públicas, a integração das instituições e o engajamento da sociedade para a modificação dessa cultura", complementa a delegada.

A ação também conta com a participação do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos; das secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal; do Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares (CNCG); do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

 

Texto: Lurdinha Matos/SSP

Edição: Ascom SSP

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